5a Feira, 2o Dia de Escuta

5a Feira, 2o Dia de Escuta

Liderança Ungida, Aprovada e verdadeira
Povo Ungido, Aprovado e verdadeiro
João 1:29-34; Tito 1:1-16
Faz tudo como se alguém te contemplasse.
Epicuro
Hoje iniciamos uma leitura no evangelho de João e na Epístola pastoral a Tito. O evangelho está narrando o momento em que João o Batista, vê Jesus e sem se conter exclama : “Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” Não haveria como se conter nem sequer havia a necessidade disso. Este momento era esperado por ele, o próprio João e por toda a nação de Israel. O dia em que o Messias seria identificado era algo que os judeus respiravam no seu dia a dia, a promessa milenar anunciada pelos profetas, cantada pelos salmistas se constituía na esperança de Israel. A relação com o cordeiro é mais tarde compreendida quando do sacrifício de Jesus no período pascal sendo seu sangue assim derramado pelo pecado de todos, fazendo assim um paralelo com o cordeiro pascal naquela noite libertadora do Egito.
   Paulo por sua vez escreve a Tito uma carta visivelmente pastoral onde dá conselhos práticos de como ele, Tito deveria proceder em relação à liderança da igreja em Creta. Paulo o deixa lá para resolver as questões relativas à liderança. Não há duvidas que havia problemas e ameaças naquela região, caso contrário não haveria a necessidade de Tito permanecer lá e nem de Paulo fazer recomendações tão específicas quanto a posição e o perfil desejado para a liderança da igreja. É muito importante prestar atenção nas marcas que o apóstolo coloca como necessárias à liderança e elas se prestam para todos os líderes e por conseguinte a todos os cristãos.
   Quando da sua apresentação Paulo se coloca da seguinte forma: “Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo para levar os eleitos de Deus à fé e ao conhecimento da verdade que conduz à piedade” Paulo é um enviado de Deus para levar as pessoas a uma vida em comunhão com Deus, esse era o seu papel. No entanto, o perfil que ele apresenta para os líderes é o mesmo que eu, você e todo cristão deve buscar como padrão para nossas vidas. Não devemos em hipótese alguma esperar que isso seja exigido apenas de quem lidera, mas sim que, pelo exemplo da vida desses líderes, esse perfil se multiplique na congregação e se espalhe por toda a igreja de Deus.
   Observando estas marcas podemos fazer uma análise de nossas vidas e tentar achar em nós essas características para que elas possam formar nosso caráter e desenvolver as atitudes que representam.
   Sabemos que somos frágeis e que temos dificuldades de nos manter nessa linha, mas que isso não nos cause frustração e que possamos ser encorajados pelas palavras do apóstolo Paulo quando ele mesmo afirma que “não chegou ao alvo, mas prossegue na direção…”
   Quem somos nós senão meros errantes, onde está a perfeição em nossas vidas que nos autorize a julgar aquele que junto conosco lida com esta vida ameaçadora e com os apelos constantes e indecentes desse mundo?
   Hoje percebemos a importância de prezarmos pela vida e pela conduta ilibada como exemplo para um mundo que a cada dia relativiza a moral e faz pouco caso dos bons costumes.
Minha Oração
Senhor, que o meu ser seja sempre voltado para a tua excelente vontade e que a minha vida possa refletir a Tua Glória. Aproxima de mim o desejo de viver retamente, de ser exemplo e referência e afasta de mim o espírito de julgamento, o legalismo árido e seco, o farisaísmo que aponta o erro, mas vive nele sem critério. Ajuda-me a ajudar os meus líderes a viver no Teu padrão e nunca a apontar os seus erros me isentando de oferecer socorro.


TEMPO DE PREPARAÇÃO
A primeira parte de nossa campanha de crescimento espiritual “40 dias de Escuta” é um momento de preparação para os demais dias onde estaremos estudando, refletindo e escutando  o que Deus nos diz no evangelho de Marcos e nas 1ª e  2ª. Cartas de Paulo aos Coríntios. Serão quatro dias de preparação até o próximo sábado.Essa primeira parte nos levará a meditar na verdade do evangelho e em nossas vidas como instrumentos dessa verdade. Aplique-se à leitura dos devocionais e esteja pronto pois Deus estará falando e cabe a nós estarmos escutando.
RESUMO DO DIA 1o   4a feira 13 de Fevereiro de 2013 
       Mt 6:1-6, 16:21 ;2 Co 5:20b-6.10

Fé verdadeira, vida verdadeira

O maior ato de fé acontece quando uma pessoa decide que não é Deus
Autor desconhecido

Estamos iniciando nossa caminhada dentro do que se chama “O Sermão do Monte” que compreende os capítulos 5 a 7 do evangelho de Mateus. Quando observado com cuidado se percebe que não há sequer um parágrafo neste texto que não seja uma ênfase no contraste entre uma vida piedosa a Cristo e uma vida que vive justamente o oposto. Jesus como que foge das multidões das cidades e se “retira” .
 A Mensagem do evangelho de hoje se alinha com a epístola de Paulo e segue na mesma direção, a de uma vida pia, santa e honrada para a glória de Deus e apenas para ele. Aqui vamos entrar no campo da sinceridade, da honestidade de uma fé que não está interessada em “se mostrar”, mas sim em mostrar a Glória de Deus. Para John Stott é uma demonstração da religião do cristão que deve se colocar como não hipócrita, mas real.
      O texto está nos mostrando o risco de exercermos uma justiça própria, e isso tem a ver com a maneira prática que exercemos nossa fé em termos de doação, oração e jejum. Tais práticas, recomendadas por Jesus, devem ser sinceras e discretas. Perceba que não é a atitude que Jesus condena, mas a motivação, essa sim ele repreende veementemente.
     Para nós é uma lembrança positiva que nos ajuda a lutar contra o reconhecimento público como primeira opção em nossas vidas e ministérios. Vivemos em tempos onde o que os outros falam às vezes ditam o nosso comportamento e no meio cristão, em momento algum estamos livres desta tentação. Não são poucos os casos de pessoas que vivem uma vida dupla, uma  fé fingida, que “ anunciam com trombetas o que doam”, pronunciam belas orações etimologicamente elaboradas e em tom elevado, “mudam a aparência do rosto” para assim receberem o galardão dos homens. Eu e você sabemos bem o quanto isso é verdade, mas nós não queremos viver assim. Queremos sim viver o que Jesus preconiza a saber, uma vida de intimidade com Deus, no silêncio de nossa alma, na sinceridade de nosso coração e na pureza de nossas intenções. Fuja de tudo que se afastar disso.

    Aqui, talvez mais do que em qualquer outra epístola se faz necessário essa exortação, tanto do evangelho quanto do próprio apóstolo. Se somos embaixadores, representamos alguém e tudo aquilo que esse alguém é. Assim não podemos “receber em vão a graça de Deus”, mas vivermos de acordo com ela  e tudo que ela traz em seu bojo tanto a misericórdia quanto a diligência. A Graça é gratuita, já disse alguém, mas não foi barata.

     O apóstolo vai concluir este texto com uma série de recomendações que ele mesmo coloca como contrário aos que tentam viver a graça em vão. Os substantivos aqui colocados, não são palavras jogadas em um texto por uma pena para completar a página de uma missiva, mas são fruto de um testemunho pessoal de quem nunca viveu a graça em vão.
        Os textos se casam e nos impulsionam a viver uma vida diferenciada, longe de fachadas, distante das máscaras tantas vezes usadas pelas nossas fraquezas, mas a enfrentar e viver o que a nossa fé determina. Talvez hoje você esteja vivendo uma realidade que se encaixe nesse contexto, não se desespere não se puna gratuitamente, não escute as vozes que vem das trevas tentando lhe culpar ou lhe impulsionar a uma solução qualquer que se distancie do que Jesus aprovaria. Apenas foque no coração de Deus, no seu infinito amor, olhe ao seu lado, perceba que muitos de seus irmãos na fé viveram situações semelhantes e conseguiram superar, que a história da fé cristã é escrita com lutas por aqueles que nada têm, mas possuem tudo. Você provavelmente é um desses, nada tem, mas lembre-se que você possui tudo, pois possui um coração que foi alvo da graça e do maior ato de amor que o universo jamais conheceu, Jesus.
Minha Oração
Senhor, esse será um tempo de escuta. Obrigado porque a tua Palavra fala ao meu coração. Que a minha vida, mesmo estando ainda distante do padrão que tu desejas, nunca deixe de ter a mira apontada para a tua excelente vontade e que a cada dia eu possa viver a realidade de uma intimidade contigo. Que meu atos mostrem o que a minha fé afirma, que o meu coração nunca se esqueça de que não tenho nada em mim mesmo, mas tenho tudo em ti. Nesse tempo de escuta, fala, eu estou ouvindo


Na minha primeira juventude, já não sei mais em que juventude estou agora, eu pulei  carnavais. Na realidade nós nos preparávamos para esse período, sou do tempo que havia o corso no centro do Recife e os bailes dos clubes faziam o clímax da festa. Prévias eram “Carnaval em preto e branco” do cabanga iate Club e o “Mamãe quero voar” do clube de oficiais da aeronáutica. Olinda? Isso não fazia parte da agenda, carnaval de rua muito menos. Num segundo momento aconteceu.
Digo isso para que alguém não se antecipe e me julgue como sendo um daqueles que diz que o
livro não presta sem sequer ter lido o prefácio. Sim eu pulei intensamente alguns carnavais. Conheço bem mais do que o prefácio dessa festa.

Hoje eu PULO O CARNAVAL ( PULO_ do verbo pular, saltar por sobre ), sim desde o dia 21 de Dezembro de 1979, quando conheci a Cristo e por ele me apaixonei, pelas suas palavras decidi guiar a minha vida, pelo seu ensino decidi procurar viver, pela sua ética resolvi pautar a minha vida e assim por diante. Entendi que existe uma hierarquia nas coisas deste mundo e que elas devem estar relacionadas sempre com o mundo espiritual. Desde então passei a pensar da seguinte forma “ o que Jesus faria em meu lugar”  lembra do livro, filme, pulseira? Lembre então do evangelho : aquele que quiser vir após mim, negue a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Por isso entendi que não deveria gostar daquilo que Jesus não gosta, amar o que ele não ama, estar onde ele não estaria, me deleitar naquilo que ele repudia. Por isso eu hoje PULO O CARNAVAL.

PULO O CARNAVAL  porque não acredito mais na festa como uma expressão apenas cultural. Não costumo demonizar a cultura, mas presto atenção para ver onde o demônio está misturado na cultura, isso eu faço. O carnaval é uma festa ambígua, não posso deixar de ver o lado cultural de tantas manifestações, do espírito do artista brasileiro. É indiscutível que a criatividade do povo não se esgota. Muitos vão se lembrar da história daquele folião que vinha no meio da multidão puxando uma coleira e gritando vem Bob vem Bob!  As pessoas abriam caminho com receio de um cachorro para depois perceberem que ele apenas puxava um “bob” de cabelo e outras iniciativas hilárias.
No entanto é inegável que o carnaval não se restringe a isso,  há muito perdeu a ênfase folclórica e deu vez a uma busca por algo mais, um extravazamento do ser que persegue uma satisfação qualquer e que em nome disso esquece qualquer limite e se entrega a tudo e a todos. Como em tudo, não podemos generalizar, mas não há como negar que essa é a ênfase da grande maioria, o que vem tornando a festa cada vez menos segura e cada vez mais um terreno fértil para o uso exagerado de bebidas, o consumo de drogas e a prática de uma sexualidade desenfreada. Como cristão, esse não é o meu lugar, não preciso disso, não estou em busca dessa alegria regada a prazeres da carne que depois retornam com a depressão da alma. Se você é um cristão(ã), saiba que esse não é o seu lugar.

PULO O CARNAVAL  porque existe na festa uma componente espiritual muito forte e verdadeira. Nunca duvide disso. Não seja ingênuo(a) em dizer que “ se para você esse não é o sentido, não me atinge” ledo engano. Ninguém passa por uma carvoaria de roupa branca e sai sem estar manchado de preto. O espírito que domina este mundo está intensamente presente nessa festa. A maior prova está na dedicação da festa. Em todos os cantos com diferentes aparatos e mascaras culturais esta festa é entregue ao deuses e orixás. Ano passado, o líder de um dos grupos “folclóricos” disse em entrevista, falando sobre a noite dos tambores silenciosos “ este é um momento de entrega, um momento religioso, essa festa é uma festa religiosa para nós, estamos entregando a festa ao orixás” entrevista ao jornal NE TV da rede globo de televisão. Se você é um cristão(ã) esse é o angulo que você precisa observar essa festa. Não há como participar disso tudo e não ser parte disso tudo. Essas coisas são inseparáveis.

PULO O CARNAVAL porque quando conheci a Cristo decidi pela Escritura que somente a Ele prestaria culto, que somente a ele meus lábios louvariam. Você também pensa assim? Pois bem, portanto preste atenção nas letras das musicas do carnaval, que por detrás de um ritmo alucinante , contagiante estão repletas de louvações a deuses afros, frases de abominação a Deus. Talvez alguém lembre de um dos mais novos blocos do carnaval de Recife se chama “Culto a Baco”, criado em 2007 o grito de “fé” desse bloco irreverente é: Eu não vou ao culto orar, eu vou ao culto a Baco! Ora Baco é o mitológico Deus do vinho e não precisa ir mais adiante para perceber que isso vai além de uma simples irreverência. Talvez isso seja difícil de entender para alguém que não conhece a Cristo e confessa essa fé, mas  você que sabe disso, pode facilmente perceber o que de fato está por detrás dessa festa. Nada mais contagiante do que os desfiles das escolas de samba, especialmente do Rio de Janeiro. Mas seria ingenuidade ou cegueira eletiva tentar omitir de nossas mentes que por detrás de tudo aquilo está uma componente espiritual muito intensa. Muitas das letras dos sambas enredos, além de passagens históricas fazem alusão e louvação a entidades do candomblé e de outras tendências religiosas espiritualistas. Não é novidade para ninguém que os líderes destes grupos são em sua maioria esmagadora devotos de “santos guerreiros”, filhos de “santo” e com suas histórias totalmente ligadas a estas práticas, trazendo assim para suas escolas a louvação a estas entidades, o que compromete a imparcialidade espiritual do movimento. Se você é um cristão(ã) pense nisso para formar a sua opinião e para informar a quem tem ainda dúvida.

PULO  O  CARNAVAL porque como cristão entendi que minha vida deve servir de exemplo em tudo e , em toda minha luta para fazer isso verdade, se inclui o meu comportamento, minha moderação e minha sabedoria. Não levantarei minhas mãos ao céus para dizer frases que não louvem a Deus e sim a falsos deuses, não terei prazer naquilo que não dá prazer ao meu Senhor, não é para mim alegria aquilo que entristece o coração de meu Deus.  A festa pode ser bonita, e em muitos casos é, mas o diabo se faz de cordeiro para iludir a muitos. Eu não serei um desses, meu entendimento mostra, minha razão testifica que essa festa e algo que não me diz respeito. Se você e um cristão(ã), está na hora de pensar em que tipo de exemplo você deseja ser.


PULO O CARNAVAL porque além de tudo isso e de muitas outras coisas que poderiam aqui ser colocadas quero ser alguém que faz diferença. Com estes exemplos e com a prática de um período de exageros e como citei extravasamentos do ser, esta festa se torna a cada dia e de fato a festa da carne e os cristãos, por não se sentirem motivados ao extravasamento da carne e sim a busca de um controle de seus impulsos carnais e a busca de uma vida limpa e pura diante de Deus devem se afastar desse momento e devem ensinar aos seus filhos que da mesma forma se afastem de tudo isso, toda a raiz está comprometida, as intenções estão maquiadas, e a espiritualidade pagã permeia toda a festa. Tenho dito que por detrás da mais simples fantasia de uma festividade infantil escolar nesse período, está uma intenção espiritual que reveste toda a festa. Não há como separar. Se incentivo meu filhinho a se fantasiar hoje e participar das festividades, não poderei me queixar que, quando jovem ou adulto ele deseje seguir adiante e se envolva na totalidade da festa, se expondo a estes riscos e à contaminação espiritual. O que a sabedoria de provérbios diz é que devemos ensinar a criança no caminho que ela deve andar e quando adulta não se desviará desse caminho!
Como Bispo e líder espiritual da Diocese de Recife e como Reitor da PAES quero dizer que essa é a nossa posição, essa a postura que espero de todos os cristãos que estejam sob minha cobertura espiritual tenham e que também se decidam por PULAR O CARNAVAL.

+Miguel Uchôa Cavalcanti
Bispo de Recife
Reitor da PAES
56 Anos 3 horas e 35 minutos

56 Anos 3 horas e 35 minutos

      
 Estou completando 56 anos de idade e de algumas marcas em minha vida que já me fizeram entender que na minha existência, sou um total dependente daquele que me salvou, me resgatou e me conduz a cada dia, um após o outro em sua total dependência. Tenho dito Nada em mim existe que não seja tudo de Ti
A fragilidade da vida eu já experimentei, as limitações humanas conheço-as muito bem, as mazelas do Ser Humano já me levaram a compreender o que Paulo tentou dizer que não há um justo sequer… não tenho grandes expectativas pois já vivi mais da metade da vida que Deus me deu e sei que nessa próxima fase e pelo que ele me levou as experimentar na primeira, sei de meu propósito, sei a quem sirvo e não pretendo fugir do sentimento de que a vida e tão efêmera que a bíblia a qualifica de um piscar, uma nuvem que passa ou como o orvalho que sobre a grama se dissipa nos primeiros raios de sol. Por isso remir o tempo e meu desejo.
Me sensibilizo mais com uma criança, com seu inocente sorriso ou sua angustiante face necessitada de acolhimento, amor e suporte. O olhar de uma criança carente me entala a goela mais do que qualquer outra coisa. Aos 56 anos de idade sou um privilegiado, andei por boa parte do mundo, falo alguns idiomas com esforço, fiz amigos por onde andei, zelo por essas amizades, conheci a Cristo ainda cedo, sirvo a Deus com minhas limitações, tenho uma esposa que nunca me permitiu duvidar que o amor é o que o amor faz, dois filhos que como presentes de Deus me deixam com o coração apertado de tanto amor, uma filha, que como flor enxertada em meu jardim e que com a sua graça contagiante me deu a alegria de não ser apenas pai de machos.
O que posso querer mais? Se tenho um  maravilhoso Deus, se tenho família amada, se tenho uma comunidade da fé, minha família espiritual, verdadeiros amigos que me cercam e que pela vida mostraram sua veracidade em me amar, apesar de mim.

Alguém vai tentar analisar minhas posições, pouco me importa, quem pode perscrutar meu coração senão aquele que me conhece no amago? E esse não me analisa, simplesmente me ama. Alguém vai tentar dizer que esse e um discurso alienante, fora da realidade, sem ambição…  ledo engano, ao contrário, esse é um discurso realista, pés no chão de quem tem vivido com intensidade, experimentado a vida em todas as suas facetas.
Quando o escritor  da sabedoria de Eclesiastes disse que tudo era vaidade, o dizia no contexto de um coração que de tudo havia experimentado para chegar a essa conclusão, não preciso experimentar tudo,  ate onde caminhei já pude perceber que essa é a realidade.
São 2:45 horas da manhã, completei agora 56 anos, 2 horas e 35 minutos, tempo suficiente para compreender melhor a vida. O rádio faz uma coletânea de flashbacks que parece ser de propósito para deixar meu coração melancólico, saudoso dos amigos que prematuramente já perdi, mas feliz pelos que tenho por perto.
Feliz? Sim, muito feliz e… realista
Miguel Uchôa, aos 56 anos 

Existe um novo ano adiante…

Existe um novo ano adiante…

Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! (2Co 5:17)
Gosto da perspectiva do novo e desde que conheci a Cristo tenho olhado adiante ao invés de mirar o passado. Como já li em algum lugar, um cristão não vê a vida pelo retrovisor, creio assim.
O ano que passou, não pode mais ser resgatado, claro podemos e devemos apreender com tudo que vivemos. A história, incluindo a nossa, é cumulativa. Mas as coisas antigas já passaram e especialmente aquelas que não nos dizem mais respeito, uma vez que em Cristo, somos novas criaturas. Tenho uma proposta a você nesse ultimo domingo do ano. Olhe para o novo ano como algo a ser conquistado e também uma oportunidade para se conquistar, se conquistar naquelas áreas que você mesmo luta para vencer. Tenho dito que o primeiro obstáculo que encontramos em viver o propósito de Deus começa comigo mesmo. Portanto,
Conquiste tudo que em você que lhe dirige para longe da vontade de Deus, se aproximando dEle diariamente em oração e meditação;
Conquiste tudo que lhe impede de servir, se engajando em sua obra, na igreja e onde você estiver;
Conquiste tudo que sugira uma vida encapsulada e voltada para projetos pessoais, a vida é muito mais que isso. Olhe para o próximo com os olhos de Jesus;
Conquiste toda sombra de ódio e desamor, amando com sua vida, suas atitudes, seus gestos;
Conquiste toda ausência de fé, olhando para o autor e consumador de sua vida.;
Conquiste toda acomodação, olhando em volta e vendo que sua presença pode mudar situações para melhor;
        Assim, o novo ano provavelmente será melhor quer todos os que você viveu até aqui, independente de quantos tenha vivido.